Morre a professora Beatriz Alvarenga Álvares, homenageada do Espaço Cemig SESI de Eficiência Energética

Morreu nesse domingo (19), em Belo Horizonte, aos 100 anos, a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Beatriz Alvarenga Álvares. Pioneira no ensino da física no Brasil, a mineira foi uma das primeiras mulheres a se formar na escola de engenharia, em 1936. O velório acontece nesta segunda-feira (20), das 15h30 às 17h30, no Memorial Parque da Colina.

Por sua enorme importância, a professora mineira foi escolhida como homenageada do Espaço Cemig SESI de Eficiência Energética, criado em 2020 no SESI Museu de Artes e Ofícios, localizado na Praça da Estação. Além de conhecerem mais sobre a história de Beatriz Alvarenga Álvares, os visitantes ainda são conduzidos ao mundo da energia eficiente por ninguém menos que a própria professora, transformada em uma divertida personagem por meio de animação.

História

Nascida em Santa Maria de Itabira, em 1923, Beatriz Alvarenga Álvares foi a primeira mulher a se formar em Engenharia Civil, na UFMG. Também foi a primeira professora de física do Colégio Estadual Central e do Colégio Universitário da UFMG. Em 1968, já professora da Universidade, ajudou a fundar o Departamento de Física no Instituto de Ciências Exatas da UFMG.

Cada vez mais empenhada em melhorar o ensino de física no Brasil, uniu-se ao colega Antônio Máximo na editoração de uma coleção de livros didáticos chamada “Curso de Física”, em 1970 – considerada “best seller” na área, tendo publicado em diversos países da América do Sul.

Incansável educadora, ajudava os alunos após as aulas, chegando a adquirir um imóvel ao lado de sua casa para montar um laboratório de física repleto de experimentos. À frente de seu tempo, Beatriz atravessou a carreira incentivando a presença de mulheres no ensino de física, mostrando que ciência não tem gênero.

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